O singular ritmo de Anne

Anne era uma menina diferente das outras crianças da sua idade. Enquanto elas corriam, falavam rápido e agiam como se o tempo fosse curto demais, ela caminhava devagar, apreciando cada momento e observando todos os detalhes ao seu redor.

Mas essa singularidade começou a preocupar sua mãe e sua professora, que viram que a lentidão de Anne podia prejudicá-la na escola e na vida. A professora pediu para a mãe prestar mais atenção no comportamento da menina e tentar entender o motivo daquela lentidão.

Foi então que a mãe de Anne perguntou a ela por que ela era tão devagar, e a menina respondeu com uma maturidade que impressionou a todos: “para que tanta pressa, mamãe? Eu gosto de sentir as coisas. O papai às vezes sai tão apressado para o trabalho que esquece do meu beijinho”.

Essa resposta fez a mãe e a professora de Anne olharem para a situação com outros olhos. Em vez de forçarem a menina a acelerar o passo, aprenderam a lidar com sua singularidade e a desenvolver o melhor dela.

Anne continuou sendo uma menina lenta, mas agora sua mãe e sua professora lhe davam mais tempo e espaço para absorver e aprender as coisas. Cada tarefa, cada aprendizado, cada momento era vivido com atenção e cuidado, sem pressa ou estresse.

E quem sabe um dia Anne pudesse ser uma poeta, uma escritora, uma cirurgiã… ou algo completamente diferente. O importante era que ela tinha consciência do seu ritmo singular e que não precisava seguir o ritmo dos outros para ser feliz e realizar seus sonhos.

Sobre a autora:

Dark Ferreira

Multi Artista: Rapper, poetisa, compositora e artesã. Costuma dizer que é tudo que a arte lhe permite ser.

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