O livro que a justiça proibiu

Bárbara Larissa Alexandre Filgueira Mota

Ullisses Campbell é jornalista, escritor e roteirista brasileiro nascido na cidade de Belém no estado do Pará. Ele é autor dos livros biográficos sobre Suzane von Richthofen, Elize Matsunaga e Flordelis, envolvidas em casos criminais emblemáticos do Brasil, os quais compõem a coleção Mulheres assassinas. O escritor explica que a decisão de escrever sobre Suzane, Flordelis e Elize se deu porque as três mulheres têm histórias paralelas que se entrelaçam, as quais vão para além dos crimes.

Esta resenha é sobre seu primeiro livro Suzane: assassina e manipuladora, o qual se enquadra no gênero biografia e crime real, publicada sua primeira edição em 10 de janeiro de 2020. Conta a história de Suzane Louise von Richthofen, brasileira condenada por ser mandante da morte dos pais, Marísia e Manfred von Richthofen. Ademais, traz o resultado de uma pesquisa de aproximadamente três anos, baseada em depoimentos dados à Justiça, inquéritos policiais e entrevistas/conversas com pessoas próximas aos envolvidos no caso. 

O objetivo do autor é evidenciar a trajetória do plano da jovem garota que comandou o assassinato de seus pais, subjugados a ela, os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos, seus, então, namorado e cunhado, respectivamente. Além disso, fica comprovado também que Suzane continuou a se utilizar da astúcia e da sedução, no seu período de cárcere, para manipular as pessoas segundo seus interesses. Desse modo, o escritor aborda o assunto no estilo de jornalismo literário, ou seja, o comportamento de Suzane, por exemplo, é reconstituído na narrativa através de depoimentos e laudos psicológicos. Logo, nota-se que o autor se utilizou das imagens semelhantes aos desenhos de Hermann Rorschach¹, para ilustrar a abertura dos dez capítulos do livro, seguido de uma descrição feita pela própria Suzane indicando sua visão acerca do conteúdo das manchas.

Se faz necessário salientar que em 2019 (antes da publicação do livro), a pedido de Suzane ao Tribunal de Justiça de São Paulo, a publicação do livro foi proibida pela juíza Sueli Zeraik Armani, que alegou a obra não ser de interesse público e de trazer prejuízo irreparável à protagonista. No total foram trinta e sete dias de censura, até ser derrubada a ordem pelo Supremo Tribunal Federal (STF),que evidenciou como prerrogativa a liberdade de expressão, além de viabilizar à editora um codinome, o qual serviria como etiqueta de marketing: o livro que a justiça proibiu.

Principais teses trabalhadas pelo autor: Suzane ser uma mulher altamente manipuladora, dissimulada, narcisista e egocêntrica, e está disposta a tudo para conseguir alcançar os seus objetivos; apesar de ser heterossexual, teve envolvimento amoroso com uma mulher lésbica na cadeia de Tremembé com a finalidade de liderar por suplência a penitenciaria; o perfil psicológico da parricida² vai sendo construído tijolo a tijolo até o leitor chegar ao ponto de constatar que o impulso matador de Suzane não pode ser atrelado a uma personalidade psicopata.

Para fins de comprovação do supracitado, o livro afirma que nas mais de duas mil páginas dos laudos criminológicos de Suzane, incluindo os resultados do teste de Rorschach, não há indicação – em tempo algum – de comportamento ou mesmo traços de psicopatia, ou seja, o temperamento de Suzane, apesar de haver traços psicopáticos, como egocentrismo, manipulação e falta de empatia, ela não foi diagnosticada com o mencionado transtorno mental.

Nesse interim, de acordo com a narrativa, Suzane possui uma natureza fronteiriça, isto é, ela vive na margem existente entre a loucura e a sanidade. Por conseguinte, em consonância com os relatórios dos profissionais psicológicos que assistiram a parricida, em certo momento, chegou-se à conclusão de que a assassina não deveria ter acesso à liberdade do regime aberto enquanto não passasse pelo filtro do teste de Rorschach (o que não aconteceu). Logo, por ela ter um alto nível de egocentrismo, possuir uma tendência a superestimar o seu valor pessoal e a desprezar as necessidades alheias, tais aspectos apontam para conduta de potencial risco para a sociedade em geral, e para aqueles com quem ela conviver.

No que diz respeito ao crime cometido pela protagonista do livro, ocorreu na noite de 31 de outubro de 2002 entre 23h e 0h, na mansão do casal Richthofen localizada na Rua Zacarias de Góis, no bairro de Campo Belo, na capital de São Paulo, onde eles foram assassinados a pauladas. Suzane Louise von Richthofen com 19 anos à época, tirou seu irmão Andreas Albert von Richthofen de casa, e abriu a porta da mansão para que Daniel e Cristian Cravinhos cometessem o crime. De acordo com o livro, a motivação para o crime teria sido a proibição dos pais ao namoro de Suzane com Daniel. Sendo assim, uma das mentiras da parricida para convencer, o então, namorado (Daniel) e o irmão dele (Cristian) a cometerem o crime, foi a de que sofria abusos do pai alcoólatra desde a infância.

Acerca do início do romance entre Suzane e Daniel, se viram a primeira vez no Parque Ibirapuera em 1999, durante uma das aulas de aeromodelismo do irmão, Andreas Albert von Richthofen. A priori os pais de Suzane não deram muita importância ao relacionamento, acreditando ser uma paixão efêmera entre os adolescentes. Porém, ao perceberem que o namoro estava “desvirtuando” sua filha, começaram a proibir o relacionamento dos dois. Também, a diferença de classes era notória, pois os Richthofen, família muito rica descendentes de alemães, e os Cravinhos, família de classe média, considerados por eles (Richthofen) como “inferiores”. Manfred era um engenheiro bem-sucedido e Marísia uma psiquiatra renomada, já os pais de Daniel e Cristian, Nadja e Astrogildo, eram dona de casa e aposentado como escrivão de cartório, respectivamente. 

Acerca da criação dos filhos, os Richthofen por mais que aparentemente fossem pessoas “frias”, sempre deram do bom e do melhor para os seus filhos, no entanto faziam questão de regrá-los com rigor e impunham condições que Suzane não queria mais seguir após ter conhecido a liberdade na companhia do namorado, a qual incluía sexo, drogas e nenhum limite. Nessa conjuntura, os dois chegaram à conclusão de que só poderiam viver essa paixão avassaladora e serem felizes, se os pais da garota não existissem, então a partir daí iniciou o planejamento para matar Manfred e Marísia von Richthofen. Desse modo, apesar da tentativa de não deixarem vestígios que os incriminassem, vários erros foram cometidos pelos assassinos, principalmente o comportamento de Suzane frente à tragédia (fria e calculista), e o descuido de Cristian ao usar dólares para a compra de uma moto de luxo. Tais ações resultaram na prisão dos três em um tempo curto após o crime.

INTRODUÇÃO: Suzane está queimada – O autor esboça como teve a ideia de escrever acerca da presa lendária Suzane von Richthofen, e decidiu sair em busca de ouvi-la e as pessoas próximas a ela. Afirmou ter entrevistado cinquenta e seis presas que cumpriram pena junto à parricida, dezesseis agentes de segurança penitenciária que conviveram com ela, um total de oito entrevistas com Cristian Cravinhos, além de conversas com quinze detentos amigos dos dois assassinos, Cristian e Daniel, dentre outras pessoas, amigos de adolescência e parentes deles.  Ullisses afirmou que o processo penal com quase seis mil páginas que condenou os três assassinos, serviu como ponto de partida para a pesquisa. Ademais, o jornalista também entrevistou doze profissionais especializados em Psicologia forense, além de psiquiatras estudiosos de mentes criminosas.

CAPÍTULO 1: A sangue frio – aborda a primeira vez de Suzane realizando o teste de Rorschach e como tudo ocorreu na noite do crime que foram mortos os seus pais. 

CAPÍTULO 2: Encontro de almas – este capítulo retrata o primeiro contato e a empatia entre Suzane e o seu irmão Andreas, com Daniel Cravinhos, além do estreitar de laços entre eles. Destaca a não aceitação dos pais de Suzane, Marísia e Manfred, em relação ao namoro dela com Daniel.

CAPÍTULO 3: Reação em cadeia – o fato de Suzane viver em um regime muito severo imposto pelos pais, não ter o apoio deles em relação ao namoro com Daniel e ameaçarem deserdá-la no caso da desobediência em não abandonar o namorado, segundo eles, motivaram o crime. Pois, dada toda essa reação em cadeia, ela teve o plano maquiavélico de premeditar a morte de Marísia e Manfred juntamente com Daniel, porém a jovem parricida não queria sujar suas mãos com o sangue dos pais, então ela e o namorado tiveram a ideia de envolver Cristian, irmão de Daniel e cunhado de Suzane, prometendo em troca do favor, tudo de valor que ele conseguisse subtrair da mansão, alegando ele dever um favor ao irmão Daniel. 

CAPÍTULO 4: Natureza da ocorrência: latrocínio – a princípio, suspeitava-se que o ocorrido com os pais de Suzane e Andreas teria sido um homicídio seguido de suicídio, isso porque os três assassinos forjaram a cena do crime, colocando próximo a mão de Manfred, a arma da vítima calibre trinta e oito, que estava escondida no closet do quarto do casal. Após algumas visitas dos investigadores a mansão, a tese de suicídio foi descartada e começaram a acreditar na possibilidade de latrocínio (roubo seguido de morte, ou seja, um crime patrimonial), isso devido ao fato de ter sido subtraídas cédulas em dólares, algumas joias, e o fato da grande desordem em alguns cômodos da casa.

CAPÍTULO 5: Olhar glacial – devido a uma série de atitudes suspeitas do casal Suzane e Daniel, a compra de uma moto de valor alto por Cristian, dentre contradições nos depoimentos na delegacia, a polícia começou a suspeitar dos três, até chegar à conclusão de que o crime foi de fato cometido por eles e então a emissão do mandado de prisão. Ao serem presos, o primeiro a confessar foi Cristian, seguidamente de Daniel e só, então, após Suzane saber que seus cumplices haviam confessado, confessou friamente ter mandado matar os pais. 

CAPÍTULO 6: Os mortos de Suzane – este capítulo explana a reconstituição do crime pelos três assassinos. Também é exposto o início da vida de Suzane no sistema prisional, bem como os diversos obstáculos que encontrou para continuar viva na cadeia, pois todos queriam vê-la morta devido a monstruosidade de crime que cometeu. Relata-se a primeira visita de Andreas a Suzane, acompanhado de Amanda (amiga de Suzane), que após ir à prisão pela segunda vez resolveu desistir de continuar visitando a amiga, e expondo Andreas ao ambiente hostil de uma penitenciária. Sem receber mais visitas do irmão e da melhor amiga, Suzane fez amizade com Maria Cecília Santiago, de 40 anos, conhecida como Ciça, que estava presa por ter matado a filha adolescente. Além dela, estreitou laços com João Paulo (médico da prisão), e com Marisol (agente de segurança penitenciária), porém, sua maior inimiga na cadeia era a chamada Maria Bonita, que não perdia a oportunidade de ameaçar Suzane. Nesse período, a parricida recebeu uma carta de Daniel terminando definitivamente o relacionamento e afirmando odiá-la pelo fato dela tê-lo usado. Com isso, Suzane chorou, e escreveu de volta a Daniel dizendo que ainda o amava, porém ele nunca a respondeu. Ademais, Suzane é informada que haverá uma rebelião na penitenciária, e que as presas irão usá-la como refém.

CAPÍTULO 7: A vida na escuridão – este capítulo trata acerca da rebelião chefiada por Maria Bonita e as presas do Primeiro Comando da Capital (PCC), em busca de Suzane (que estava escondida) para ser refém. Após a rebelião, Suzane conseguiu sair viva e foi transferida de penitenciária em agosto de 2004, esta, portanto, possuía uma estrutura muito melhor em se tratando de casa penal. Dado isso, a assassina foi selecionada para lá, pois era considerada uma presa de bom comportamento e que trabalhava com afinco. Nesse período, o Ministério Público denunciou à Justiça que os três assassinos teriam cometido um duplo homicídio com três qualificadoras: motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de chance de defesa às vítimas. Ao final do julgamento, o juiz reconheceu as três qualificadoras, bem como condenou Suzane a trinta e nove anos de reclusão (em regime fechado) e seis meses de detenção (em regime semiaberto), por se enquadrar nos crimes hediondos (cruéis), os homicídios com qualificadoras. Além disso, ela não teve direito a recorrer da sentença em liberdade, devido a consideração evidente de periculosidade da ré.

CAPÍTULO 8: Um bonde para Tremembé – Após o julgamento, Suzane foi transferida para a Penitenciária Feminina de Ribeirão Preto, onde mais uma vez sofreu ameaças de morte pelas detentas enfurecidas. Devido a isso, foi aconselhada por uma das detentas, que era sua amiga, para seduzir o promotor e insistir no bonde para Tremembé, que na linguagem dos presídios, significa mudar de cadeia. Então, Suzane se utilizou do charme e de sua beleza jovial para manipular o promotor e rapidamente conseguiu a transferência para Tremembé.

CAPÍTULO 9: Qualquer maneira de amor vale a pena – Neste capítulo vê-se relatos de como foi a vida de Daniel e Cristian Cravinhos no complexo prisional de Tremembé, no Vale do Paraíba, São Paulo (conhecido como O Presídio dos famosos). Além disso, o autor afirma que é muito comum indivíduos heterossexuais se relacionarem com homossexuais dentro dos presídios sem renunciarem à orientação sexual. Pois ao deixar a reclusão, ou seja, ao mudar novamente o contexto, mudariam também as margens de agenciamento. Na prática, isso quer dizer que a pessoa volta a se relacionar com o sexo oposto. Segundo a narração, foi o que aconteceu com Cristian Cravinhos na cadeia, quando estava separado da namorada.

CAPÍTULO 10: O teste do borrão – Narra-se que Suzane tinha como objetivo chegar ao topo e se consolidar na liderança do Presídio dos Famosos. Com isso aderiu ao regime de recrutar aliadas. Nesse interim, Suzane descobriu que quem comandava o mencionado presídio, era Sandrão (uma mulher lésbica, alta, robusta, agressiva e braços musculosos). A estratégia era bem simples: como Sandrão estava prestes a ser transferida de Tremembé para o Centro de Ressocialização Feminino de São José dos Campos, a parricida a pediria em namoro imediatamente. Logicamente, quando a bandida saísse da prisão – dali a alguns meses –, Suzane realizaria o sonho de se tornar presidente da penitenciária por suplência. Desse modo, por causa da gravidade do crime cometido por Suzane e alegando parcialidade no exame criminológico, o promotor responsável pediu à Justiça que a detenta passasse também pelo temido teste de Rorschach, também conhecido como teste do borrão. Suzane passou por esse teste três vezes em um período de seis anos, sendo reprovada duas vezes, e na terceira vez o resultado do exame destacou que Suzane era descrita no laudo como vazia e egocêntrica. Por fim, o livro relata que Suzane pretende se casar no religioso, virar pastora evangélica e nutre um sonho revelado ao final da narrativa.

Nessa perspectiva, ao apreciar a leitura da obra, observa-se uma trama intrigante e personagens complexos, a qual pode-se caracterizar como uma obra única e cativante. Além de bem estruturada, com uma excelente organização das informações e ideias, a obra tem originalidade e qualidade, apresentando uma escrita simples, objetiva e didática, trazendo à tona um toque de dramatização, através dos diálogos, os quais foram idealizados na narrativa baseado nos depoimentos e laudos psicológicos, levando-se a conclusão de que não se pode ter certeza de que aconteceram daquela forma, porém ao se misturarem com os fatos e com os relatos apresentados, percebe-se uma maior riqueza de detalhes. 

Nesse sentido, o livro traz como tema central a manipulação, proporcionando ao leitor uma experiência de leitura enriquecedora e que abre uma gama de reflexões acerca da temática. A saber, o autor versa sobre como Suzane conseguiu sobreviver na prisão, apesar de ser alvo de morte, e como conseguiu se tornar líder na penitenciária e ter vários privilégios por meio de incontáveis estratégias, utilizando-se além da manipulação, o vitimismo, sedução e uma inteligência rara. 

Ademais, as reviravoltas da trama impactam psicologicamente, de forma a trazer meditações sobre a história, mesmo depois de virar a última página. A exemplo disso, pode-se mencionar o fato de a narrativa não se ater apenas a personalidade da tríade assassina, mas também abordar assuntos como o funcionamento do sistema penal, a diferenciação de tratamento de crimes/criminosos que se tornam midiáticos para os que não são noticiados, assim como o comportamento dos detentos nas penitenciárias, os quais têm um tipo de hierarquia e constituem seus próprios tribunais em consonância a gravidade do crime cometido pelo recém-chegado. Desse modo, o autor também relata crimes cometidos por outros presos e presas, os quais são tão terríveis, se não piores do que o orquestrado por Suzane, porém não ganharam holofotes.

No que diz respeito aos pontos fracos do livro, deixou a desejar a falta de abordagem mais aprofundada sobre a história de Suzane e dos irmãos Cravinhos antes do crime, bem como de suas famílias. Além disso, não houve uma abordagem mais aprofundada sobre a mente assassina de Suzane, através de posicionamentos dos profissionais da área mental que a atenderam e analisaram-na durante o período preisional. Para além disso, há apenas elogios para uma leitura caracteristicamente empolgante, chegando-se à conclusão de que ela só não é melhor por não ser maior, ou seja, por não ter ainda mais informações e detalhes acerca dessa história da vida real. Ao final do livro também se observa algumas fotografias dos criminosos, seguidas de uma breve descrição do local e da situação em que foram tiradas.

Se faz necessário frisar que esta obra complementa/segmenta uma outra perspectiva da história abordada nos filmes³: A menina que matou os pais (2021)⁴‬; O menino que matou meus pais (2021)⁵ e; A menina que matou os pais: a confissão (2023)⁶, os quais se enquadram nos gêneros: thriller/ficção policial; crime/thriller e drama/ficção policial. Pois, as obras cinematográficas trazem, a priori, o viés do antes e durante o planejamento detalhado do crime, pelo prisma de Suzane e Daniel e, a posteriori, a investigação sob o olhar dos agentes responsáveis pelo caso.

Por fim, recomenda-se e indica-se esta leitura para aqueles que apreciam livros que abordem crimes reais e têm a curiosidade de saber mais detalhes sobre o caso da família Richthofen e dos irmãos Cravinhos, visto que se pode observar que há diferentes informações do que as passadas nos filmes e em outras obras. Além disso, apesar de não ser plausível julgar, é possível ter a noção do que Suzane foi capaz e como sua mente funciona, podendo-se afirmar a medida de que é fascinante, também é aterrorizante. Para fins de complementação, também se recomenda para além dos filmes supracitados: a série Investigação criminal⁷, primeira temporada, episódio 2, a qual retrata com mais detalhes acerca da investigação do crime trazendo as falas de delegados, peritos, legistas, dentre outros profissionais; e o livro Casos de Família, da criminóloga e escritora Ilana Casoy.


¹Psiquiatra, psicanalista e desenvolvedor do Teste psicológico de Rorschach o qual trata-se de um questionário utilizado nos processos de avaliação psicológica, utilizando cartões com manchas de tinta, a fim de identificar traços da personalidade do paciente.

² O termo parricida, muito utilizado na área jurídica, significa aquele ou aquela que assassinou o pai, a mãe e/ou qualquer outro ascendente familiar.

³Os filmes A menina que matou os pais; O menino que matou meus pais; A menina que matou os pais: a confissão, foram baseados nos depoimentos que os acusados (Daniel e Suzane) deram no julgamento. Foram lançados nos anos de 2021 e 2023, tendo a participação ilustre na produção da criminóloga e escritora brasileira Ilana Casoy. Até a data de escrita desta resenha eles se encontram disponíveis para membros assinantes do streaming Prime Video.

⁴Disponível em: https://www.primevideo.com/detail/0LVOTHY4HCRCWLAY1KTDR0XQNH/ref=atv_dp_share_cu_r. Acesso em: 21 jun. 2024.

⁵Disponível em: https://www.primevideo.com/detail/0RNW90VC2ECX8B71EE8CSX90W9/ref=atv_dp_share_cu_r. Acesso em: 21 jun. 2024.

⁶ Disponível em: https://www.primevideo.com/detail/0Q41G0HPYP0HHHG3U1393LISHV/ref=atv_dp_share_cu_r. Acesso em: 21 jun. 2024.

⁷Disponível em: https://www.primevideo.com/detail/0OSETBAWJF1G3IBV5YMK39C0L7/ref=atv_dp_share_cu_r. Acesso em: 21 jun. 2024

Referência:

CAMPBELL, Ullisses. Suzane: assassina e manipuladora. São Paulo: Matrix, 2020. 280 p.

Sobre a autora:

Bárbara Larissa Alexandre Filgueira Mota

Mestra e graduada em Biblioteconomia pela Universidade Federal do Cariri (UFCA).

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