Silêncio de quase Amor

Vi teus olhos em névoa tardia,

palavra selada, desejo contido.

Foste sombra na beira da dança,

presença que some, mas nunca é esquecida.

Ele veio com passos marcados,

fez-se abrigo sem ter tempestade.

Ofereceu-me céu em seus braços,

mas meu peito… buscava outra verdade.

No espelho, dois nomes sem rosto,

um sorriso, um abismo, um sinal.

Aceitei a calma que me ofereciam,

mas ouço teu nome no meu vendaval.

Entre beijos guardados e promessas caladas,

há um crime que ninguém cometeu:

amar demais, amar errado —

ou amar quem nunca escolheu.

Sobre a autora:

Flávia Letícia

Letícia-Poetisa de amores silenciosos e mistérios não ditos, minhas palavras guardam o que não pode ser revelado.

Flávia Letícia – Estudante e integrante do Clube da Palavra do Colégio Municipal Pedro Felício Cavalcanti ( Crato-CE)

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