Ambiguidade atroz

Que estado de coisas, deveras conturbado convívio.
Carga explosiva emanada da casa que eu vivo.
É nesse estreito que eu tento sobreviver,
um beco escuro sem saída,
encurralado sem saber o que fazer…
E nesse momento, memórias só me levam a você.
Por que não está comigo aqui e agora,
por onde andará você, aquele de outrora?.
como é sufocante não inalar o vento da paz
Conviver com outros numa ambiguidade atroz.
que sentimentos podem surgir em mim?
onde há segurança e a estabilidade?
Como sentir alegria com propriedade,
nessa pequena, ilaria e controversa sociedade.
Eu tento, me esforço e nem com lágrimas nos olhos, eu acho.
Sigo vivendo e fingindo que me encaixo,
ponho um personagem e me disfarço
mas se sempre me pergunto: por que tenho que viver assim.
Nesse ambiente tão  pesado e ruim.
com brigas, disputas e ódio.
Tudo gerando em torno de competição,
que vida louca é confusa, meu irmão.
Descontentamento em mim e eu contemplo o fim.
Eu assim enfim,
sem ter o que fazer,
sem ter o que dizer,
E se eu disser: o que eles vão entender?
somente o que lhes convém…
os seus raciocínios vãos é o que eles têm cada um com sua verdade, disputa entre irmãos.
Que ambiente é esse?
que deveria ser cristão.
Onde está o amor? Onde ele está?
Eu mesmo não consigo enxergar
Tudo que é dito é combatido; é refutar.
Eu não estou certo,
mais certo é que ninguém está.
Por que tanta inveja e esse nefasto ciúme?
O que se fez é o bastante, pra se ter tanto rancor?
causando a persistência e presença da dor.
Por que não se perdoa e não se exerce o amor?
    onde estás o’ Luz
    onde está o’ paz
    onde estás o’ Deus?
Nos deixaste a nossa própria sorte,
para sermos tão egoístas  e levados a morte
     mas pra terminar eu insisto em acreditar
     que a solução e a cura é o verdadeiro amar.
     mas parece tão difícil como estar.
Quando todos só lutam por seus próprios interesses…
    o amor crucificado está.
    é necessário deixa-lo ressuscitar.
juro que queria que mão fosse assim,
minha angústia é como ácido que corrói dentro de mim.
       Minha energia vai desvaindo como fumaça.
       a minha vida, perdoa ó Deus, já não tem graça.
vendo meus planos fracassarem pela estupidez,
pela inabilidade pois assim me fez.
na esperança de um dia ver alguém mudar,
nesse mundo é utopia nisso acreditar.
      Minha mãe com saúde corporal ainda está.
      mas ,sua mente foi sequestrada pelo maldito Alzheimer, que um dia a vai
levar… meu pai com estado agravado já com ele está…
isso é tão triste e suspenso: o que de mim será…
     O que fica é só disputa e discórdia,
     movida por ambição de irmão,
     não há lugar pra esse pobre poeta, nessa conjunção.
     E eu não faço muita questão de aqui está,
     mas não consigo uma outra porta aberta encontrar…
     E não presenciar tanta confusão,
     camuflada e envernizada de legislação
     mas é pura politicagem por um pedaço de chão.
     quanta hipocrisia!
     onde está a Epifania?
o meu castigo é estar aqui
nesse declínio e cauterização mental
onde só parece prevalecer o mal
      O meu mal nesse caso é existir
      não se iluda com meu sorriso
       Ainda por aqui.

Sobre o autor:

Fabiano Santiago Lopes

Poeta do cotidiano que ama as letras e as arte. Ele coloca o seu pensamento e opiniões nos seus poemas e nos relatos de sua história.

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